Cinco mulheres recebem em Paris o "Prêmio Mulher na Ciência"

Em Paris, cinco Mulheres recebem prêmio Mulher na Ciência, em Sorbonne, antiga sede da Universidade de Paris.  Veja a brasileira que está entre as premiadas...


No anfiteatro, com muitas esculturas dos grandes pensadores (homens) do Iluminismo, foi questionado o lema:  “Liberdade, Igualdade e Fraternidade". 
Lutando pelo empoderamento da mulher em muitas profissões, o reconhecimento de seus trabalhos e a divulgação das devidas premiações, a "Igualdade" ainda precisa ser proclamada e divulgada. 
O Prêmio consiste em uma bolsa de US$ 100 mil pelo For Women in Science, programa da Unesco e da Fundação L’Oréal criado para incentivar a participação de mulheres na ciência e que premia anualmente as cinco cientistas que mais se destacaram.

As premiadas de 2015 são: 

Molly Shoichet  
Canadá 
Área: Química
Criou um composto de hidrogel que facilitará a aplicação de medicamentos na espinha e no cérebro e poderá recuperar pacientes que sofreram com doenças como AVC, lesão da medula espinhal e cegueira, que envolvem rupturas nas vias formadas por células cerebrais e nervosas. A técnica é inovadora porque, depois de um transplante de medula, por exemplo, o hidrogel permitirá que as células-tronco vivam tempo o suficiente para se integrar com o sistema nervoso, o que não acontece hoje.


Carol  Robinson
Reino Unido
Área: Química
Criou “apenas” uma nova área da química, que, inclusive, leva seu nome, quando transformou um aparelho simples em uma ferramenta capaz de manter a interação de proteínas.  Contra a vontade dos colegas, ela fez uma modificação na estrutura do espectrômetro de massa, um aparelho caríssimo que até então servia apenas para determinar a estrutura atômica de determinadas substâncias. O resultado foi uma forma mais precisa de estudar o comportamento das proteínas.

Thaisa Storchi Bergmann
Brasil
Área: Astrofísica
Contribuiu para o aumento do conhecimento sobre a formação do universo com seus estudos sobre os buracos negros supermassivos. Foi a primeira pessoa a observar um disco de acreção em uma galáxia considerada inativa, o que resultou na compreensão de que todas as galáxias têm buracos negros nos seus núcleos.  
Em Janeiro de 2016, Thaisa lotou o palco central da Campus Party no Anhembi, o maior Congresso de Tecnologia do Mundo, que acontece no Brasil todos os anos. 


Rajaâ El Moursli
Marrocos
Área: Física Nuclear
Trabalhou na construção e no lançamento do projeto ATLAS, do qual faz parte um sensor usado pela Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN) no acelerador de partículas que permitiu a detecção do Bóson de Higgs.







Yi Xie
China
Área: Química Inorgânica
Sua pesquisa se concentra na criação de novos materiais para produzir e transferir energia. Os materiais convencionais são surpreendentemente ineficientes: boa parte da energia é perdida ao longo do caminho. Já os nanomateriais 3D, como são chamados os compostos criados pela Dr.a Xie, são alguns átomos mais finos que os convencionais e foram desenhados para reduzir ao mínimo o desperdício.

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